Gótica? Boa pergunta!

Há algum tempo atrás, na 8ª série, uma garota da minha turma perguntou se eu era gótica. Eu estranhei a pergunta, nunca ninguém havia me perguntado isso antes... Mas tudo bem, eu era nova na escola, só quem me conhecia era minha prima Dayse (completamente rockeira e, doida...). Eu ia pra escola sempre com lápis de olho preto, batom morrom ou vermelho e sombra o mais escuro possível. Sim, eu sou rockeira! Estava sempre reclamando do Sol e me esgueirando pelas sombras pra fugir dele (o Sol!, cantava num coral, sempre gostei um pouco de música clássica (que junto com o rock dá exatamente o quê chamamos de gothic metal). Sempre, sempre mesmo, fui apaixonada por espartilhos (sim, aquela peça do vestuário feminino que aperta a cintura a ponto de retirar o ar e que, infelizmente hoje é raro [e caro] de se achar) e vestidos de princesa... Na hora eu respondi pra menina que não era gótica, nunca liguei pra esses detalhes da minha personalidade. Perguntei a ela de onde ela tirou aquela idéia, ela me respondeu que desde que olhou pra mim na 1ª vez, além de me achar insuportável, ela achou que eu fosse gótica, e que teve certeza quando eu disse que tinha um gato preto e que tinha pego um filhote de morcego na mão ( e daí? o que há de estranho nisso?). Bem, a questão é que só esse ano é que eu consegui chegar a um veredito sobre esse assunto: eu não sou gótica, apenas tenho traços na minha personalidade que me ligam aos góticos.